segunda-feira, 27 de julho de 2009

Os 10 anos da casa da cidadania

Era o ano de 1995 e o advogado Raimundo Marques, após uma vitória consagradora nas urnas, assumia, pela primeira vez, o cargo de presidente da Seccional Maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), tendo ao seu lado, exercendo a vice-presidência, o abnegado advogado José Caldas Gois, que cumpre, atualmente, com zelo e competência, o seu segundo mandato na presidência da Instituição no Estado.

Era o inicio de uma gestão corajosa, que promoveu, em pouco tempo, mudanças significativas, redimensionando por completo o cenário e o papel político-institucional da OAB do Maranhão. Era um novo discurso, uma nova visão, uma nova prática, desfraldando novas bandeiras e novos compromissos, tanto no campo social, como no plano corporativo.

Sobrava vontade de trabalhar e não faltava determinação para resgatar o papel histórico da OAB na sociedade. O eixo central do plano de gestão era a valorização do advogado e o fortalecimento da advocacia, sem perder de vista as bandeiras de luta da instituição na defesa dos direitos humanos e na busca constante por uma Justiça célere e eficiente, a serviço do cidadão.

O tempo foi passando, as demandas foram crescendo, os advogados tornaram-se mais participativos e a sociedade consolidava uma parceria com a Instituição, com enfoque especial para a cidadania, para a democracia. O lema era fazer com que os direitos sociais e a cidadania saíssem do papel, ganhassem as ruas e a consciência do povo.

O período era de transformação, de mudanças para a Ordem dos Advogados do Brasil. Novos horizontes iam se abrindo e a entidade, já revigorada, se inseria, definitivamente, no caminho da modernização e do futuro, buscando incessantemente melhorias para a classe advocatícia.

Era chegado o momento de cumprir uma promessa de campanha, que não poderia se tornar palavra vazia de discurso político. Era preciso transformá-la em projeto, em realidade. Assim foi feito. Com sua mentalidade inovadora e sintonizado com as inquietações e os anseios da classe advocatícia, Raimundo Marques eliminou, voluntariamente, as limitações financeiras e outros empecilhos existentes na época e anunciou a construção de uma sede digna, moderna e funcional para os advogados maranhenses.

A construção de uma nova sede para os advogados – considerado na época um projeto audacioso – viria a ser depois uma das mais importantes obras daquela vitoriosa gestão.

Em momento algum a magnitude da obra levou Raimundo Marques a recuar no enfrentamento do desafio. Prevalecia a idéia de que, assim como os militares precisam de um quartel, os advogados, mais do que qualquer outro profissional, necessitam de estrutura adequada e digna para desenvolver seus compromissos estatutários.

A obstinação pela construção da sede da OAB foi na proporção adequada. A importância da obra – inaugurada oficialmente em 30 de julho de 1999 – não limitava-se apenas à envergadura do projeto arquitetônico propriamente dito. O gesto dignificou a advocacia maranhense, revitalizou a entidade e proporcionou maior dinamismo ao trabalho da Escola Superior de Advocacia, da Caixa de Assistência dos Advogados, do Tribunal de Ética e Disciplina e das Comissões Permanentes da Instituição, que passaram a contar com uma estrutura adequada para atender, satisfatoriamente, as suas respectivas demandas.

A nova sede – que apontou novas perspectivas para a OAB – não passaria a ser apenas a Casa do Advogado. Passaria a ser também, como é até hoje, a Casa da liberdade, da cidadania e do Estado Democrático de Direito, cujas portas sempre estiveram abertas para a discussão das grandes questões de interesse da advocacia, da Justiça, da cidadania, da sociedade civil organizada.

Toda obra é marcante para uma administração. As pessoas passam, mas as obras se eternizam e deixam a marca do trabalho realizado. No caso específico da sede da OAB do Maranhão, esse aspecto ganha uma importância ainda maior, por ter sido uma obra edificada com carinho, com dedicação, tijolo por tijolo.

Os presidentes do Conselho Federal da OAB, quando da construção da obra – Ernando Uchoa Lima e Reginaldo Oscar de Castro – incorporaram a ideia de oferecer uma nova sede para os advogados maranhenses e fizeram o que foi possível para que o projeto se tornasse realidade. Os ex-presidentes Rubens Approbato e Roberto Busato, assim como o atual presidente nacional da Instituição, Cezar Britto, também deram a sua parcela de contribuição, para que investimentos fossem feitos com vistas a necessária manutenção do prédio.

Todos eles, num gesto de carinho e respeito aos advogados maranhenses, estarão reunidos, em São Luís, nesta quinta-feira (30/7), às 7h30, para comemorar os 10 anos de inauguração do Edifício-Sede da OAB, ocasião em que será oferecido um café da manhã aos advogados.

Na oportunidade, o presidente nacional da OAB, Cezar Britto, e os ex-presidentes do Conselho Federal da Instituição, Ernando Uchôa Lima e Reginaldo Oscar de Castro, serão agraciados com a ´Medalha Antenor Bogéa´ – maior comenda da OAB/MA – pelos relevantes serviços prestados à advocacia e à sociedade.