Vai caber à Justiça da Bélgica a decisão sobre o caso de uma jovem que disse à polícia ter saído de um salão de tatuagem com 56 estrelas gravadas em um lado de seu rosto, muito mais do que as três que ela pediu. O caso foi, em seguida, encaminhado ao Ministério Público belga.
Kimberley Vlaeminck, de 18 anos, moradora da cidade de Kortrijk, a 90 km noroeste de Bruxelas, relatou a um promotor que "adormeci durante o processo de tatuagem e acordei sentindo dor, quando meu nariz estava sendo tatuado; vi então que já estava com 56 tatuagens no rosto, mas eu tinha pedido apenas três".
A tatuagem consiste de um pigmento exógeno, introduzido na derme por um tatuador, um evento traumático ou médico com finalidades de marcação da área corporal para tratamento oncológico (radioterapia). Os pigmentos inoculados são fagocitados por macrófagos localizados na derme, não evocando, geralmente, nenhuma reação inflamatória.
O tatuador Rouslan Tounamiantz disse que "a cliente pediu as 56 estrelas, mas quando seu pai viu o resultado, ao chegar para buscá-la, o problema começou". As informações são do jornal belga Het Laatste Nieuws.
Uma decisão judicial determina que a jovem seja, com urgência, submetida a perícia médica para avaliação dos eventuais riscos decorrentes do recebimento das 56 estrelas tatuadas e para que seja informado quais as possibilidades de remoção e os riscos da eventual extirpação.
A imprensa belga ouviu dermatologistas que afirmaram que a solução poderá ser o laser, que funciona ao produzir pequenos pulsos de luz intensa que passam, sem causar nenhum dano, pelas camadas superiores da pele sendo seletivamente absorvidos pelo pigmento da tatuagem.
Com o advento da técnica de fototermólise seletiva (yag laser) é possível retirar tatuagem de todas as cores, desde o preto até mesmo o amarelo claro. Porém, pigmentos esverdeados geralmente são mais difíceis de serem removidos, geralmente precisando de aplicações mais agressivas.
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